terça-feira, 23 de março de 2010

Capital Intelectual


Por Keyth Martins

A economia do conhecimento é mais do que a soma de partes, ela é singular e única. As empresas do conhecimento olham o mundo, os problemas, as oportunidades, as pessoas e os riscos, todos esses tipos de aflições são na verdade, problemas de conhecimento, que dão errado em consequência de Capital Intelectual inadequado, conhecimento impróprio e má interpretação das tendências do mercado.
Essa economia do conhecimento impregna tudo que compramos, vendemos e produzimos, nisso o ativo do conhecimento, isto é, o Capital Intelectual passou a ser mais importante para as empresas do que os ativos financeiros e físicos. Para prosperar na nova economia e explorar esses novos ativos cruciais, precisamos de um novo léxico, novas técnicas de gestão, novas tecnologias e estratégias.
O conhecimento, as ideias e as informações foram importantes, mas hoje, como em nenhuma outra época, definem nossa vida no trabalho. Os novos empregos são empregos do conhecimento, assim como os empregos antigos, penso, logo existo e ganho dinheiro. É inevitável que o conhecimento transforme-se em ativo cada vez mais importante para as organizações, na verdade, o ativo é tudo aquilo que transforma matéria prima em algo mais valioso, executa algum processo e dela saem outputs mais valiosos do que os inputs.
Os riscos são algo positivo, o objetivo não é eliminá-los, mas gerenciá-los, ou seja, escolher em que apostar como proteger as apostas e onde não apostar de jeito algum. Acredita-se em elementos concretos e objetivos; mas não em liderança e empatia, e quando os riscos não são lavrados em pedra, mas flutuam como ideias, e quando a mudança é rápida e profunda, os cálculos mudam. Portanto, criar o estoque de conhecimento não é suficiente para sermos realmente indivíduos voltados para o conhecimento, precisamos correr riscos tanto quanto os médicos precisam conviver com as doenças.
Nesta perspectiva surge um novo papel "o líder", que seria alguém capaz de adotar perspectivas globais, prever oportunidades, criar uma visão compartilhada, desenvolver e dar autoridade as pessoas para tomar decisões, apreciar a diversidade cultural, construir equipes, favorável a mudanças, garantir a satisfação dos clientes, conquistar vantagens, dividir a liderança e viver os valores.
Assim, o Capital Intelectual de uma empresa é a soma de seu Capital Humano, Capital Estrutural e Capital de Clientes, mas certas fatias do Capital Intelectual são tão fungíveis que bem poderiam funcionar como dinheiro. O investimento em Capital Humano aumenta ainda mais o retorno sobre os investimentos em sistemas de informação, apenas por meio do conhecimento, as empresas são capazes de se diferenciarem das concorrentes. O ativo específico e o ativo diferenciador não é a maquinaria e nem os "softwares" é o conhecimento.
Afirma Ducker, "a melhoria da produtividade do trabalhador do conhecimento mal começou". A empresa só existe como instituição por causa das pessoas que nela trabalham, pelo fato de, para elas, o trabalho na empresa ser mais barato do que o trabalho por conta própria. Se esses indivíduos forem embora, a empresa deixa de existir, a empresa existe porque as pessoas estão dispostas a trabalhar para ela; e assim, é porque lá dispõem de condições sob a quais são capazes de alcançar maior eficácia do que por conta própria.


Boa Leitura

Michele Hauptli









Um comentário:

  1. Michele como sempre muito competente nas suas temáticas. Aluna aplicada na época em que foi minha discente no Curso de Graduação em Administração em Santa Catarina, agora, tornou-se uma Consultora com habilidades incomuns. Parabéns Michele! Gostaria de continuar lendo seus maravilhosos artigos. Professor Doutor Hélio Roberto Hékis - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.

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"o valor das coisas não esta no tempo que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem. Por isso existem coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
Amyr Klink