Por: Alfredo Fedrizzi
Com a tecnologia invadindo tudo e provocando mudanças importantes no cotidiano de todos nós e nos negócios de todo o mundo, a insegurança ronda muitas profissões. As tradicionais ainda têm espaço? Todos os dias surgem novas atividades, algumas voltadas para pequenos nichos de mercado, outras prometendo revolucionar as estruturas. Assustada com a variedade de profissões que vão desaparecendo ou se transformando, a geração acima dos 30 anos não sabe muito que rumo tomar, assim como adolescentes que são obrigados a escolher muito cedo o que vão ser no futuro. E boa parte da população envelhece nesse cenário. Grandes empresas buscam profissionais como verdadeiros super-homens. A disputa de vagas aumenta, especialmente para cargos mais avançados. Há 20 anos, o bom profissional era aquele que tinha conhecimento técnico e havia cursado uma faculdade de primeira linha. Hoje, só o conhecimento técnico não basta. O relacionamento é muito valorizado. A internet botou na nossa mão o conhecimento volátil. Temos que saber trabalhar com times multiculturais e lidar com essas diversidades: buscar oportunidades de interagir com culturas diferentes e exercitar a comunicação por todos os canais disponíveis.
O conhecimento passou a ser responsabilidade dos indivíduos. Agora temos que nos apropriar do nosso desenvolvimento, participar de atividades extracurriculares, workshops, viagens, cuidar do nosso papel profissional e social, do nosso perfil online e da postura de vida offline- buscar coerência dentro e fora da organização. A diferença hoje é a velocidade com que tudo acontece. Por isso ter a humildade de reconhecer que não se sabe tudo e buscar orientação. É importante termos em mente a dimensão do nosso papel nesse mundo de velocidade vertiginosa, a partir de uma visão holísitica dessa transformação, vendo o todo.
Fonte: FEDRIZZI, Alfredo. O profissional do Futuro. Jornal Zero Hora, pg. 15. 02 Março de 2011. pg